terça-feira, 17 de junho de 2008

Juras

Ônibus lotado. Quarenta minutos de “viagem”. Um empurra, empurra.
Motorista deu partida e seguiu o destino.
Eram 7 da manhã. Muito frio, fora do ônibus. Dentro dele um ambiente extremamente abafado, sufocante.
Olha “prum” lado, olha pro outro. Muitas pessoas de cara fechada.
No fundo do ônibus um casal fazendo juras de amor e em outro banco uma mãe amamentando seu filho. Duas cenas lindas, mas poucas pessoas podiam privilegiar tal momento.
Quem disse que não se encontra um cenário bonito em um lugar de tanto aperto e tanta gente mal humorada?
Tais faces e tais cenas podiam ser presenciados todos os dias. Afinal, eram praticamente os mesmos passageiros, freqüentadores daquele ônibus.
Sete meses se passaram e podia encontrar ainda a mãe amamentando seu filho, claro que maiorzinho e mais fortinho.
Quanto o casal, só encontrava o homem, com um semblante de muita preocupação.
O que estava acontecendo?
Eis que ele puxa a cordinha e desce, esbaforido e correndo. Algumas pessoas olhavam pela janela, quando observaram ele entrando no hospital. Seu filho acabara de nascer. Lucas o nome do pequenino.
Com um gracioso sorriso, pega Lucas no colo. Seu primeiro filho. Senta ao lado de sua esposa e naquele momento “perfeito”, a cobre com juras de amor.

2 comentários:

Rosana Tibúrcio disse...

Num é que eu tenho uma filha escritora?
Uauuuuuu! adorei, gosto de histórias contadas assim, sabia? Sobretudo, as escritas.
Muito bom.
Orgulho!

UM DIA SEREI EU MESMA disse...

Você vai tomar gosto pela coisa e aí... adeus estética. beijos